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Usucapião Extrajudicial: Requisitos e Procedimento

A usucapião extrajudicial revolucionou o processo de regularização de imóveis no Brasil, proporcionando uma via mais ágil e menos onerosa que o procedimento judicial. No entanto, nem todos conhecem os requisitos, a importância de envolver um advogado e os passos necessários para concluir com êxito esse tipo de aquisição.

O Que é a Usucapião Extrajudicial

A usucapião extrajudicial foi formalizada pelo Novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) e regulamentada por legislação complementar e provimentos dos tribunais. Ela consiste em adquirir a propriedade de um imóvel diretamente no cartório, sem a necessidade de ação judicial, desde que cumpridos os requisitos legais.

Requisitos Legais Fundamentais

  1. Posse Mansa e Pacífica: o possuidor deve cuidar do imóvel como se fosse dono, sem oposição de terceiros.
  2. Decurso de Tempo: em geral, variando de 5 a 10 anos, a depender da modalidade (usucapião urbana, rural, especial, etc.).
  3. Animus Domini: intenção clara de exercer domínio, com atos típicos de proprietário, como reformas, manutenção e pagamento de tributos.
  4. Ausência de Litígio: não pode existir ação judicial em curso discutindo a posse ou propriedade do imóvel.

Por Que Consultar um Advogado

Embora a via seja extrajudicial, a assistência de um advogado é altamente recomendada. O profissional avaliará a viabilidade do caso, reunirá documentos, acompanhará as notificações dos confrontantes e garantirá a correta fundamentação legal, evitando retrabalhos e indeferimentos.

Procedimento Prático Passo a Passo

  1. Reunião de Documentos
    • Plantas, memorial descritivo, certidões negativas e comprovantes de posse (contas de água, luz, IPTU, etc.).
  2. Assistência de Profissional Habilitado
    • Engenheiro ou arquiteto para elaboração da planta; advogado para conduzir o procedimento.
  3. Protocolização no Cartório de Registro de Imóveis
    • Abertura de requerimento acompanhado de toda a documentação e indicação de confrontantes.
  4. Notificação dos Confrontantes
    • Vizinhos, antigos proprietários e demais interessados são notificados para se manifestarem.
  5. Parecer do Ministério Público
    • Em alguns casos, o MP deve examinar o procedimento, conforme a lei e normativas locais.
  6. Decisão do Oficial Registrador
    • Não havendo impugnação ou após resolvê-la, o cartório procede à matrícula em nome do possuidor.

Benefícios e Riscos

  • Rapidez: dispensa longa tramitação judicial.
  • Menor Custo: reduz despesas com custas processuais.
  • Risco de Impugnação: confrontantes ou terceiros podem contestar a posse, levando o caso à esfera judicial.

Fontes Externas

Conclusão

A usucapião extrajudicial é uma alternativa eficiente para quem deseja formalizar a posse de um imóvel, desde que atenda aos requisitos legais. Contar com um advogado e cumprir o rito corretamente são passos cruciais para o sucesso desse processo.

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